Indústria fluminense supera crise e vende 25,7% a mais no primeiro trimestre de 2010

05/05/2010 - 15h26

Alana Gandra
Repórter da Agência Brasil

Rio de Janeiro - As vendas da indústria fluminense cresceram 18,4% em março deste ano, em relação a março de 2009, acumulando no primeiro trimestre do ano alta de 25,7% ante o mesmo período do ano passado. Os números constam do boletim Indicadores Industriais, divulgado hoje (5) pela Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan). Na comparação com fevereiro/2010, o aumento nas vendas em março foi de 26,9%.


Setores afetados pela crise internacional retomaram o ritmo de produção anterior à crise, disse à Agência Brasil o chefe da Divisão de Estudos Econômicos da Firjan, Guilherme Mercês. Ele acredita que, apesar da taxa de juros ainda elevada, não haverá problemas para o crescimento das vendas industriais nos próximos meses. “As perspectivas são favoráveis”, assegurou.


“A indústria vem retomando os padrões de crescimento anteriores à crise. O mercado de trabalho deixa claro isso. Principalmente a indústria de transformação, que vem mostrando resultados muito expressivos em termos de emprego. O movimento é generalizado. Isso mostra claramente que a indústria não só se recuperou como está superando a crise internacional”, analisou Mercês.


Um dos setores afetados pela crise em 2009 que já apresenta recuperação é o de equipamentos de transporte, não só em termos de produção, mas também de emprego. “A Região Sul fluminense vem apresentando excelentes resultados. Acho que esse é um grande destaque do primeiro trimestre deste ano”. A região concentra grandes indústrias do setor automotivo.

 

No que se refere ao pessoal ocupado, os indicadores da Firjan revelam expansão de 5,59% em março deste ano na comparação com março/2009. Na comparação com fevereiro/2010, a alta registrada no mercado de trabalho foi de 0,4%. “Essa é a 11ª alta consecutiva do pessoal ocupado na indústria do Rio de Janeiro na série com ajustes sazonais. Isso deixa claro um movimento de recomposição e expansão no quadro de pessoal na indústria fluminense”, ressaltou o economista.


Guilherme Mercês frisou que o emprego atingiu em março o maior nível desde 2003, o que abre perspectivas otimistas quanto às encomendas das indústrias do estado. “A gente observou que, dos 16 setores pesquisados pelos Indicadores Industriais, 11 realizaram contratações devido às intenções de expansão da produção. Ou seja, para atender a maior demanda pelos seus produtos”, informou.


Edição: Vinicius Doria