Economistas analisam impactos da propriedade intelectual na economia de países emergentes

05/05/2010 - 17h29

Alana Gandra

Repórter da Agência Brasil

 

 

Rio de Janeiro - A propriedade industrial no desenvolvimento das economias, principalmente dos países emergentes, vai ser discutida no Seminário Internacional Propriedade Intelectual, Estratégia Industrial, Desenvolvimento Econômico, nos dias 11 e 12 deste mês. O evento vai reunir economistas de instituições públicas e privadas do Brasil e do exterior. O seminário é promovido pela Organização Mundial da Propriedade Intelectual (Ompi) e pelo Instituto Nacional da Propriedade Industrial (Inpi).

 

O diretor de Articulação e Informação Tecnológica do Inpi, Sergio Paulino de Carvalho, disse que os profissionais irão avaliar os impactos econômicos da propriedade intelectual nas dimensões da política e da estratégia industrial e do desenvolvimento econômico. “A gente vai discutir como a propriedade intelectual impacta no desenvolvimento econômico e como ela tende a incentivar a inovação”.

 

Para Sergio Paulino, as empresas só são bem sucedidas em seus negócios quando têm em sua base a inovação e a pesquisa. Daí a ênfase que será dada no seminário ao impacto que a propriedade intelectual tem no desenvolvimento econômico. “Está se pensando em avaliar como, do ponto de vista econômico, a propriedade intelectual pode auxiliar o país no seu processo de desenvolvimento, na formulação de políticas de inovação e políticas industriais”.

 

O objetivo dessas políticas, segundo ele, é que as empresas possam gerar resultados, empregos e impostos e possam crescer, ampliando também sua participação no comércio exterior. Paulino desmistificou a tese de que a propriedade intelectual constrange a indústria. “Na realidade, há o entendimento de que a propriedade intelectual pode ser um elemento de alavancagem, de incentivo e de apoio ao desenvolvimento econômico, social e industrial de qualquer país”.

 

Para que isso ocorra, destacou que as patentes registradas devem ter uma garantia de qualidade. Patentes robustas dão ao detentor desses direitos garantias maiores, explicou. A ideia é mostrar que a propriedade intelectual é um instrumento fundamental que ajuda a difundir a inovação e dá suporte ao desenvolvimento tecnológico, econômico, cultural e social.

 

 

Edição: Aécio Amado