Governo vai cobrar das cidades-sedes da Copa de 2014 obras exigidas pela Fifa

04/05/2010 - 19h48

Jorge Wamburg
Repórter da Agência Brasil
 

 

Brasília - O governo federal vai realizar em meados deste mês uma rodada de negociações com as 12 cidades que vão sediar a Copa do Mundo de 2014 a fim de avaliar os preparativos das obras. A reunião, recomendada pelo presidente Lula, será com os prefeitos e os governadores, disse hoje (4) o ministro do Esporte, Orlando Silva.

Silva se reuniu na última quarta-feira (28) com o presidente da República para tratar da Copa do Mundo no Brasil. Ele disse que, no encontro com Lula, foi feito um relato “detalhado sobre os estádios – quem fez a carta-consulta ao BNDES [documento obrigatório para obtenção de financiamento], quem fez licitação, quem iniciou obras”. Lula então recomendou o encontro como os governadores e prefeitos das cidades-sedes para discutir o assunto.

O ministro citou a determinação do presidente como exemplo das providências que cabem ao governo federal para evitar atrasos nas obras da Copa do Mundo de 2014, depois que o secretário geral da Federação Internacional de Futebol (Fifa), Jerome Valcke, reclamou ontem (3) publicamente da demora no cumprimento dos prazos estabelecidos pela entidade.

“A providência que tem é o governo federal sentar com as cidades e os estados e, junto com eles, adotar medidas para que apertem o passo e possamos recuperar o tempo perdido”, disse. O ministro fez as declarações após participar na Controladoria-Geral da União (CGU), em Brasília, do lançamento dos portais Copa 2014 e Jogos Rio 2016 (Olimpíadas), que ficarão hospedados no Portal da Transparência da CGU.

Para o ministro Orlando Silva as obras de reformas e construções de estádios é de responsabilidade dos governos das cidades-sedes, pois quando o governo federal assumiu as garantias com a Fifa, ele se responsabilizou por temas tributários, de infraestrutura aeroportuária e de telecomunicações, proteções para marcas e patentes e segurança.

 

Quanto a estádios, Silva voltou a dizer que “é uma responsabilidade local, que pode ser municipal ou estadual, e a participação do governo federal se restringe ao financiamento das obras pelo BNDES.

 

 

Edição: Aécio Amado