Kelly Oliveira
Repórter da Agência Brasil
Brasília – O economista-chefe da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), Rubens Sardenberg, defendeu hoje (4) a maior participação das instituições privadas na concessão de crédito de longo prazo.
“Se a gente olhar as necessidades que o Brasil vai ter de investimento daqui para frente, vai precisar de ampliar a participação do setor privado nesse crédito”, disse no seminário Juros e Câmbio, organizado pela Câmara dos Deputados.
Para Sardenberg, essa ampliação é possível com a preservação da inflação baixa e previsível, com segurança jurídica e institucional e a ampliação do papel do mercado de capitais, entre outros fatores.
O economista também avaliou que o spread bancário – diferença entre o custo de captação e o taxa cobrada dos clientes – do Brasil, no caso das empresas, “não está desalinhado de padrões internacionais”, ao serem descotados impostos, compulsórios, custo administrativo e inadimplência.
Para reduzir o spread, disse Sardenberg, é preciso haver desoneração fiscal, ganhos de escala, preservação da concorrência e redução da inadimplência, dos compulsórios e dos custos administrativos.
Edição: Lana Cristina