Líderes da base governista querem reajuste de 7,71% para aposentados

27/04/2010 - 18h40

Iolando Lourenço
Repórter da Agência Brasil

Brasília – Líderes de partidos da base governista firmaram acordo, há pouco, para aprovar um reajuste de 7,71 % para aposentados que ganham mais de um salário mínimo. “Vamos tentar derrubar o relatório do deputado Cândido Vaccarezza (PT-SP) e aprovar destaque de 80 % de reajuste”, disse o líder do PDT, deputado Dagoberto (MS).

Segundo o deputado, os líderes da Câmara e do Senado e os representantes de seis centrais sindicais avaliaram também na reunião a proposta de reajuste escalonado de 7,71% para os aposentados que ganham até R$ 1.395,00 e 6,14% para os que ganham acima desse valor. Dagoberto disse que essas mesmas lideranças também avaliaram que se deputados e senadores aprovarem os 7,71% “o presidente Lula não vetará o reajuste. Ele é muito sensível as causas dos trabalhadores”.

O presidente da Força Sindical, deputado Paulo Pereira da Silva (PDT-SP), disse também acreditar que o presidente não vetará um reajuste aprovado pela Câmara e pelo Senado para os aposentados. O parlamentar disse que conversou há cerca de dez dias com Lula e que ele disse que o melhor seria fechar um acordo.

O impacto financeiro do reajuste de 7,71%, segundo o presidente da Força Sindical, em relação aos 6,14%, seria de R$ 1,7 bilhão. Já com um reajuste de 7% esse impacto será de R$ 1,1 bilhão. Os dados do impacto, segundo o deputado, foram apresentados pelas centrais sindicais.

Logo após a reunião, os líderes foram para o plenário e o deputado Paulo Pereira apresentou requerimento de preferência para votação em primeiro lugar da Medida Provisória 475, que reajusta as aposentadorias de quem ganham mais de um salário mínimo. O requerimento foi aprovado, com votos contrários da liderança do governo.

Com isso, caberá agora aos deputados votarem em primeiro lugar a MP 475. Isto é, antes das outras MPs que também trancam a pauta de votações. Em nome da liderança do governo, o deputado José Genoino (PT-SP) disse que o governo quer votar o reajuste e propôs o adiamento para amanhã da leitura do parecer à medida provisória, justificando que o líder do governo e relator da MP, deputado Cândido Vaccarezza, está reunido com o presidente discutindo o reajuste.

 

Edição: Rivadavia Severo