Alemães poderão investir em transportes e segurança na Copa de 2014 e nas Olimpíadas de 2016

27/04/2010 - 15h43

Renata Giraldi
Repórter da Agência Brasil

 
Brasília – Os alemães vão investir em transportes, segurança e logística na realização da Copa do Mundo de Futebol no Brasil, em 2014, e dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, em 2016. Com experiência em eventos esportivos, empresários alemães desembarcaram em Brasília dispostos a buscar parcerias e a concretizar projetos. Um acordo entre o Brasil e a Alemanha foi fechado hoje (27). As atividades serão coordenadas pela Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI).

A parceria foi definida durante reunião dos ministros do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Miguel Jorge, e da Economia e Tecnologia da Alemanha, Rainer Brüderle, e uma comitiva empresarial alemã representando 50 indústrias diferentes. Bem-humorados, os dois disseram que só divergem quando o tema é quem será o vitorioso na Copa do Mundo – seja a deste ano ou a de 2014.

“A única divisão de opiniões que nós temos é sobre quem ganhará a Copa, não só esta, como a de 2014 também”, disse Miguel Jorge, que ganhou de presente de Brüderle um urso, símbolo de Berlim (capital alemã) vestido com a camisa da seleção brasileira de futebol. “[A seleção do] Brasil ou da Alemanha será a campeã mundial. Uma delas será a vencedora”, reagiu Brüderle.

A ideia é fechar as parcerias no menor tempo possível. O ministro alemão segue com a comitiva empresarial para as cidades de São Paulo e do Rio de Janeiro. Amanhã (28) a delegação visita, na capital paulista, a sede de empresas alemãs, a Câmara de Comércio Brasil-Alemanha e o Parque Ibirapuera.

Na sexta-feira (30), Brüderle participa de um evento sobre construção de estádios, segurança e infraestrutura, na sede da Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan). O ministro se encontrará também com representantes do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

As exportações brasileiras para a Alemanha somaram, no primeiro trimestre deste ano, US$ 1,62 bilhão, o que representa um crescimento de 31,7%, na comparação com o mesmo período de 2009 (US$ 1,23 bilhão). As importações brasileiras aumentaram 35% e passaram de US$ 1,98 bilhão, no primeiro trimestre de 2009, para US$ 2,67 bilhões, no primeiro trimestre de 2010.

Os setores mais tradicionais nas relações comerciais entre os dois países são engenharia mecânica, indústria automotiva, eletrônicos, e produtos químicos e farmacêuticos. Mais recentemente, ganharam destaque também as áreas de geração de energia, infraestrutura, segurança, assistência médica, e produção e exploração de petróleo e gás.

 

Edição: Nádia Franco