Moradores do Morro do Urubu visitam conjunto onde serão reassentados

15/04/2010 - 14h49

Da Agência Brasil

Rio de Janeiro – Moradores de áreas de risco do Morro do Urubu, em Pilares, zona norte do Rio, conheceram na manhã de hoje (15) o local para onde deverão ser removidos. Cerca de 250 famílias devem passar a habitar um conjunto do programa Minha Casa, Minha Vida, no subúrbio de Realengo, a cerca de 20 quilômetros de onde moravam.

O prefeito Eduardo Paes (PMDB) acompanhou os moradores e afirmou que, para um momento emergencial, apenas uma semana depois da tragédia, a resposta está sendo muito rápida. O prefeito disse também que pediu ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva na semana passada a transformação das habitações do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) no projeto Minha Casa, Minha Vida, passando o custo da moradia de cerca de R$ 500 para R$ 50.

Cada apartamento, de dois quartos cada, vai custar aproximadamente R$ 4 mil, num convênio com a Caixa Econômica Federal. São dois condomínios com 299 apartamentos cada um, com uma área de lazer e um salão de festas.

“Ontem fui para Brasília fechar um pouco da burocracia. A Caixa e o Ministério das Cidades estão superágeis. Estas unidades estão praticamente prontas, falta uma limpeza e um acabamento, vamos entregar o mais rápido possível, até a semana que vem a gente consegue estar com as pessoas morando aqui”, afirmou Paes.

O prefeito ressaltou que todas as famílias que serão reassentadas por correrem risco de vida vão receber moradias dignas, definitivas, num imóvel próprio com registro. Ele declarou que vai anunciar na segunda-feira outro programa de habitação no Rio.

O conjunto em Realengo fica distante do Morro do Urubu, além de mais longe do centro da cidade. Não há comércio no entorno. As comunidades ao redor são dominadas por milicianos, mas não há problema com o tráfico de drogas, disseram moradores no local.

Segundo Roberto Amâncio Soares, representante da Associação de Moradores da Comunidade Vila Jurema, que fica atrás do condomínio, muitas pessoas da região se inscreveram num cadastro da prefeitura mas não sabem se vão poder morar no local.


 

Edição: Lílian Beraldo