Elaine Patricia Cruz
Repórter da Agência Brasil
São Paulo - Estudo apresentado hoje (10) em São Bernardo do Campo, no ABC paulista, pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), mostra que entre os anos de 2003 e 2009 foram criados mais de 12 milhões de empregos formais com carteira assinada no Brasil.
Promovido pelo Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, o encontro teve a participação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e da pré-candidata do PT à Presidência da República, Dilma Rousseff. O estudo sobre emprego e qualificação profissional foi encomendado por seis centrais sindicais.
Marcado para começar às 10h30, o evento teve início depois das 11h30, quando chegou ao local a ex-ministra da Casa Civil, e terminou por volta das 15h. Os dados do estudo foram citados em vários discursos feitos durante o encontro.
Além da questão do emprego, outro assunto citado nos discursos em São Bernardo foi a educação, com destaque para a greve dos professores em São Paulo. A crítica dos sindicalistas, do presidente, da ex-ministra Dilma Roussef e também do pré-candidato ao governo de São Paulo, Aloizio Mercadante, foi de que o governo estadual se negou a negociar com a categoria, preferindo usar, durante manifestação dos grevistas, a força policial.
Os discursos também exaltaram os anos do governo Lula e pediram a continuidade do processo com a eleição de Dilma Roussef. Em seu discurso, o presidente da Força Sindical, o deputado federal Paulo Pereira da Silva, elogiou o papel do governo na questão do emprego, citando o aumento do salário mínimo no período como uma das maiores conquistas dos trabalhadores. Paulinho pediu ainda que Dilma defenda a redução da jornada dos trabalhadores de 44 para 40 horas semanais.
Mercadante, por sua vez, criticou o problema do trânsito na capital paulista, lembrando que o paulistano gasta, em média, cerca de 2 horas e 43 minutos no trânsito. Ele disse que o governo de São Paulo não fez o metrô e que há um grande problema na educação do estado. “Os professores estão na sala de aula sem salário, sem valorização, sem apoio, sem diálogo”, afirmou.
As centrais informaram que vão se reunir no dia 1º de junho, no Estádio do Pacaembu, e elaborar um documento sobre questões trabalhistas, que pretendem entregar à pré-candidata.
Edição: Graça Adjuto