Fundação Pró-Sangue de São Paulo faz campanha pela doação de sangue antes da vacinação contra gripe suína

08/03/2010 - 19h40

Daniel Mello
Repórter da Agência Brasil

São Paulo - Para evitar falta nos estoques de sangue durante a vacinação contra a influenza A (H1N1) – gripe suína, a Fundação Pró-Sangue iniciou uma campanha para que as pessoas doem antes de se imunizar.

Isso porque, após a receber a vacina, não se pode doar sangue por um período de 45 dias. “É uma precaução na medicina transfusional para evitar que qualquer efeito desagradável aconteça ao receptor [do sangue]”, explicou o médico da fundação Carlos Roberto Jorge.

Segundo ele, assim como a gripe, outras doenças também levam a um período em que fica vedada a doação depois da imunização. Após a vacinação contra a rubéola, por exemplo, o tempo é de um mês. Na campanha de vacinação contra a doença, em 2008, Carlos Jorge estima que houve uma queda de 30% a 40% no volume de doações. “A vacinação de rubéola foi para pessoas de 20 a 40 anos e 70% dos doadores de sangue são dessa faixa etária”.

Para o médico, a preocupação com a baixa nos estoques de sangue deve ser nacional.

A vacinação contra a influenza A (H1N1) – gripe suína, que começou hoje (8), pretende imunizar 91 milhões de pessoas. Dessas, 20 milhões são do estado de São Paulo. A campanha deste ano tem como prioridade profissionais de saúde da rede de atenção básica envolvidos no atendimento a pessoas com diagnóstico suspeito da doença. Na sequência, os grupos a serem vacinados são  os povos indígenas, gestantes, crianças de 6 meses a 2 anos, jovens de 20 a 39 anos e pessoas com doenças crônicas (como diabetes, obesidade, asma e cardiopatias).