Luiz Augusto Gollo
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - O senador Magno Malta (PR/ES), presidente da comissão parlamentar de inquérito do Senado que apura denúncias de pedofilia, passou o dia de hoje (24) no Rio de Janeiro em reuniões com as autoridades que investigam o caso de um funcionário do Clube de Regatas Flamengo flagrado em assédio sexual a um menino de 10 anos num restaurante próximo à sede do clube, no bairro da Gávea, na semana passada.
“Vim pedir empenho triplicado porque este é um caso emblemático. Não é admissível que se encontre um pedófilo agindo em lugar algum, muito menos dentro de um clube onde convivem crianças que estão ali para a natação, o futebol, os esportes em geral”, disse o senador, adiantando a convocação do acusado, cuja identidade é mantida em sigilo, para depor na CPI, em Brasília, tão logo seja possível. Amanhã (25) ele dará depoimento à polícia.
Magno Malta esteve com o titular da Delegacia da Criança e Adolescente Vítima (Dcav), Luiz Henrique Marques, e com a principal testemunha, além da promotora Ana Lúcia Melo, que acompanha o caso.
Segundo o senador, além do depoimento da testemunha, o da criança é fundamental para se responsabilizar o acusado. “Sem ele, nada vale”. A testemunha, também mantida no anonimato, disse que viu o funcionário oferecer R$ 100 e logo depois acariciar o menino.
Ela disse estar indignada com o caso e disposta a confirmar a história “a hora que for, na frente de quem for”. A presidente do Flamengo, Patrícia Amorim, também tomou conhecimento da denúncia, mas adiantou que não fará nada, “pelo menos por enquanto”.