Morillo Carvalho
Enviado especial
São Luís – Mesmo com o carnaval de rua atraindo mais gente, a capital maranhense também tem desfile de escolas de samba e de blocos. A Passarela do Samba, há 21 anos realizada no anel viário da cidade, abriu oficialmente o carnaval na última quinta-feira (11), com a entrega da chave da cidade ao Rei Momo e sua corte, e fecha a folia hoje (16) à noite.
Em seis dias, 100 atrações passaram pela passarela de 215 metros, com arquibancada capaz de abrigar 7 mil pessoas. Domingo (14) e segunda-feira (15), desfilaram as dez escolas de samba da cidade, seguindo o modelo das agremiações cariocas. Duas delas homenageiam as escolas do Rio no próprio nome: Turma de Mangueira e a Império Serrano. Dois dos enredos deste ano lembraram a folclorista Zelinda Lima e os laços que unem as culturas do Ceará e do Maranhão.
Segundo o coordenador-geral de Eventos da Fundação Municipal de Cultura (que realiza a Passarela do Samba), Fernando Oliveira, existem, entretanto, diferenças entre as escolas do Rio e do Maranhão. “A estética é maranhense. Em geral, o que as escolas apresentam na avenida é focado na cultura daqui, nas temáticas regionais, aspectos da cultura e da literatura maranhense”.
Oliveira ressalta, porém, que os blocos tradicionais são a principal atração do sambódromo, por serem as expressões mais populares da cultura maranhense. “Esses blocos, inclusive, estão em processo de inventário, por parte da prefeitura, que busca no Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) o reconhecimento desses grupos como patrimônio cultural imaterial brasileiro, a exemplo do que já ocorre com o tambor de crioula, o frevo e a capoeira.”
No caso das escolas de samba, o prêmio para as três primeiras colocadas é igual: R$ 10 mil. Os três melhores blocos do Grupo A ganham R$ 6 mil, os do grupo B, R$ 4 mil, e os dos blocos organizados, R$ 3 mil.
A apuração e o desfile dos campeões será sábado (20).