Carolina Pimentel
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Horas depois que o presidente interino da Câmara Legislativa do Distrito Federal, Cabo Patrício (PT), encerrou a sessão extraordinária de hoje (27), na qual seria escolhido o novo presidente da Casa, adiando a eleição para a próxima terça-feira (2), a base governista apresentou requerimento para reabrir a sessão. O pedido não foi à frente porque os deputados da base desistiram da ideia.O ofício foi assinado por 15 dos 22 deputados presentes na Casa, mas a sessão não foi reaberta. Ao deixarem a Câmara, osgovernistas tinham justificativas diferentes. O deputado Geraldo Naves(DEM) disse que, amanhã (28), os distritais deverão se reunir paradefinir quando será a eleição do novo presidente e que a confusãodeveria ser resolvida pelos petistas, que fazem oposição ao governador JoséRoberto Arruda (sem partido). Já o deputado Wilson Lima (PR),também governista e cotado para ocupar a presidência, afirmou que aprocuradoria da Casa não recomendou a reabertura da sessão. Ele evitoufalar em negociações para rever a data da eleição. “Deixa a Câmaravoltar”, disse, em referência ao início oficial dos trabalhos da Câmaraa partir do dia 1º de fevereiro. Abase governista ficou irritada com a decisão de Patrício e tentou encontrar uma brecha para reabrir a sessão. A intenção era escolherlogo o novo presidente que substituirá Leonardo Prudente (sem partido).O objetivo é tirar a oposição do comando da Casa e ter um integrante da base aliada de Arruda no posto. Cabo Patrício encerrou asessão depois de ler denúncia, publicada em blog da internet, de que Arruda estaria pagando R$ 4 milhões para cada deputado quevotar contra o processo de impeachment. A notícia provocou discussãoentre os distritais governistas e da oposição. Patrício justificou adecisão como de “foro íntimo”.Depois, o petista disse aos jornalistas que a eleição foi suspensa porque a Casa foi colocada sob suspeita novamente.