Compras de fim de ano pagaram juros mais altos na rede bancária

21/01/2010 - 14h44

Stênio Ribeiro
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Oconsumidor pagou juros mais altos nas compras de fim de ano, pois ocrédito pessoal aumentou de 43,6% para 44,4%, na comparação denovembro com dezembro. Isso ocorreu também com o financiamento deveículos, cuja taxa subiu de 25,3% para 25,4%. Na compra de outrosbens, a alta foi ainda maior: 51,8% para 54,8%. No créditoconsignado, o aumento foi de 27% para 27,2%.A únicamodalidade com queda foi o cheque especial, que terminou 2009 em159,1% ao ano, o nível mais baixo desde maio de 2008. De acordo como chefe do Departamento Econômico do Banco Central, Altamir Lopes,a tendência de queda se mantém. Lopes divulgou hoje (21) oRelatório de Política Monetária e Operações de Crédito doSistema Financeiro referente a dezembro.O cheque especial temos juros mais caros do sistema financeiro nacional (SFN) e tembastante espaço para cair mais ainda e retornar ao nível de 2007,quando desceu a 138%, como lembrou Lopes. A taxa dessa modalidadecaiu de 163,3%, em novembro, para 159,1%, em dezembro, com reduçãode 4,2 pontos percentuais.Como a redução foi maior emtermos de pontos percentuais que a soma das elevações nas demaismodalidades de juros para a pessoa física (famílias), o relatóriodo BC indica que a média das taxas de juros para crédito pessoalcaiu para 42,7% ao ano – a mais baixa desde julho de 1994. Noentanto, as compras não atreladas ao cheque especial ficaram maiscaras.Os juros também aumentaram em dezembro nas principaisoperações para pessoas jurídicas (empresas). O crédito até 29dias, conhecido como hot money, subiu de 46,5% para 53,2%, odesconto de promissórias foi de 47,7% para 52,1% e a aquisição debens aumentou de 16,4% para 18,1%.Em contrapartida, trêsoutras modalidades de crédito para empresas caíram. A queda maissignificativa foi na conta garantida, vinculada à conta bancária dotomador, que cedeu de 73,9%, em novembro, para 68,7%, em dezembro. Nodesconto de duplicatas, houve queda de 28,9% para 27,3% e no capitalde giro, de 19,5% para 18%.