Governo do Rio quer R$ 560 milhões para obras contra enchentes na Baixada Fluminense

05/01/2010 - 9h09

Nielmar de Oliveira
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - Ogoverno do Rio vai pedir um aporte de R$ 560 milhões para a realizaçãode obras suplementares ao Projeto Iguaçu, consideradas fundamentaispara evitar novas catástrofes com a que afetou a Baixada Fluminense navirada do ano em função da chuva.No próximo dia 13, durantereunião com o governador Sérgio Cabral e o presidente Luiz Inácio Lulada Silva, a secretária estadual do Ambiente, Marilene Ramos, vaiapresentar uma lista de obras complementares ao projeto.Segundoinformações da Secretaria do Ambiente, o detalhamento foi requeridopelo próprio Lula em visita ao Rio. Os recursos vão financiar obrascomo a dragagem de rios, a construção de uma barragem de contenção decheias no Rio Dona Eugênia, na Área de Proteção Ambiental deGericinó-Mendanha, em drenagens emergenciais e na construção de umdique-estrada entre a Rodovia Washington Luiz e a Via Dutra.Ogoverno do Rio tem também como prioridade a retirada das famílias quevivem às margens dos rios da Baixada. Segundo MarileneRamos, já foram retiradas 550 famílias e pelo menos mil ainda serãoretiradas e realocadas em unidades habitacionais que estão sendoconstruídas pela Cehab, dentro do Projeto Iguaçu em São João de Meriti,Belford Roxo e Mesquita para onde serão realocadas essas pessoas.A Coordenação dos Programas de Pós Graduação de Engenharia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Coppe/UFRJ)já fez um levantamento das áreas da Baixada Fluminense que precisamestar desocupadas. O estudo será será apresentado aos prefeitos daregião pelo vice-governador e secretário de Obras, Luiz Fernando Pezão, em uma reunião aser realizada nesta terça-feira. Avaliaçãoda Secretaria do Ambiente indica que, nos dois primeiros anos deimplantação, o Projeto Iguaçu já viabilizou a retirada de 1,8 milhão demetros cúbicos de lama e lixo dos rios da Baixada, além de carcaças decarro, pneus e até sofás.O projeto conta com recursos doPrograma de Aceleração do Crescimento (PAC) e do Fundo Estadual deConservação Ambiental (Fecam), e consiste numa série de intervençõesestruturadoras nas bacias dos rios Iguaçu, Botas e Sarapuí.“Oobjetivo é evitar a reincidência dos fatores de desequilíbrio ambientalnas cidades de Nova Iguaçu, Mesquita, Belford Roxo, Nilópolis, São Joãode Meriti e Duque de Caxias, e em bairros da zona oeste do Rio, comoBangu e Senador Câmara”, esclarece a secretaria.