Crescimento da construção civil mostra solidez da economia brasileira, afirma Dilma

24/09/2009 - 21h11

Flávia Albuquerque
Repórter da Agência Brasil
São Paulo - Ao discursar hoje (24)na posse da nova diretoria do Sindicato da Habitação de São Paulo(Secovi-SP), a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, destacouque ainda há espaço para a construção civil crescer mais. Deacordo com ela, o fortalecimento do setor mostra que os fundamentosda economia brasileira são muito sólidos, o que levou o governo ase manter otimista no início da crise econômica global.“Os índices sociaisestão mostrando que, em que pese a crise mundial, o Brasil conseguiumanter um nível de inclusão social no qual 25 milhões passam paraa classe média e 19 milhões saem da pobreza. Todos os indicadoresapontam para o crescimento econômico”, disse a ministra. O país,acrescentou, foi o único que recebeu o grau de investimento de umaagência de classificação de risco depois da crise internacional.“Coisa que durante muito tempo o país não recebeu.” Dilma assinalou queestá havendo aumento do número de projetos apresentados à CaixaEconômica Federal para construir moradias destinadas a famílias comaté três salários mínimos, por meio do programa Minha Casa, MinhaVida. As empresas, avaliou, têm sido sensíveis a essa demanda. “Oprograma é extremamente seguro, porque o governo aportou R$ 28bilhões em subsídios e não há quase nenhum risco às empresas. Ogoverno colocou R$ 5 bilhões para financiar a infraestrutura. Nãohá nenhuma casa no Brasil sendo comercializada sem água, esgoto eluz elétrica."A ministra aproveitou asolenidade para responder àqueles que criticaram o presidente LuizInácio Lula da Silva quando ele falou que o país vivia “umespetáculo do crescimento”. À época, assinalou, as reaçõesforam de ceticismo geral, o que “hoje se mostra injusto eincorreto”. “O Brasil começou a crescer, sim. Essereconhecimento não é do governo apenas."Ela também falou sobreos índices de produtividade da terra, que o governo se comprometeu aanunciar. O presidente Lula, informou, determinou à EmpresaBrasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) que fizesse maisestudos sobre o assunto. A partir deles, o governo vai definir umaposição técnica sobre esses índices, observou Dilma. “Osíndices foram definidos há muito tempo. Como o país mudou, estamosquerendo aferir qual é o índice de produtividade que seria maisjusto.”A chefe da Casa Civildestacou ainda o apoio das lideranças do PMDB ao governo Lula e àsua sucessão. “Isso é muito importante porque caracteriza ummomento em que o governo do presidente Lula está em busca daestabilidade e da governabilidade. Nós achamos que essa é umaatitude muito positiva para o país.” Embora tenha evitadofalar sobre sua possível candidatura à Presidência da República,alegando que isso ainda depende de uma decisão do PT, ela comentouos resultados das últimas pesquisas eleitorais, que continuam sendolideradas pelo governador de São Paulo, José Serra (PSDB). Paraela, os resultados dos levantamentos sobre as preferências doeleitorado refletem o momento, o que mantém as chances de Lula fazero sucessor. “Acredito que vamos conseguir fazer o sucessor dopresidente Lula. Essa é a expectativa de todo o governo.”