Roberta Lopes
Repórter da Agência Brasil
Brasília - A Rodada Doha, quetrata da liberalização do comércio mundial, foium dos assuntos do encontro do ministro das RelaçõesExteriores, Celso Amorim, com o representante do comércio dosEstados Unidos, embaixador Ron Kirk, hoje (17) em Brasília.Após a reunião, os dois demonstraram otimismo quanto àconclusão da rodada em 2010.Segundo Amorim, o seuotimismo se baseia no fato de que os países que participam darodada têm demonstrado vontade política para negociar.“O principal fator para se chegar a uma negociaçãocomplexa como a de Doha é a vontade política, e háessa vontade política dos chefes de governo dos principaispaíses”, disse.Para o representantecomercial norte-americano, a conclusão da Rodada Doha nãoé só uma questão de ajudar os países emdesenvolvimento, mas de beneficiar todas as economias. “A realidadeé que tivemos a oportunidade de perceber com a crise o quantoas nossas economias são entrelaçadas. O desenvolvimentoda rodada não é uma questão de ajudar os paísesem desenvolvimento, mas todas as economias vão se beneficiarcom isso”, afirmou.Amorim e Kirk tambémfalaram do contencioso do algodão, que levou o Brasil adenunciar os Estados Unidos na Organização Mundial doComércio pela prática de subsídio acima doslimites estabelecidos pela OMC, prejudicando as exportaçõesbrasileiras. Como compensação pelos prejuízos, aOMC autorizou o governo brasileiro a retaliar os Estados Unidos emcerca de US$ 300 milhões.O representantenorte-americano disse que os Estados Unidos têm “interesse deresolver a questão de forma negociada” e que o paísrespeita o sistema de regras comerciais impostas pelos organismosinternacionais como a OMC.