Para Haddad, principal problema da educação é gestão e não falta de recursos

14/09/2009 - 21h21

Amanda Cieglinski
Enviada Especial
São Paulo - O ministro da Educação, Fernando Haddad, afirmou que o problema do ensino público hoje está mais concentrado em falhas na execução e gestão das ações propostas e menos na questão de financiamento. Para ele, o país vive um "momento inusitado".“Hoje a nossa tarefa é decapacitação continuada de gestores locais para que eles consigamexecutar os recursos transferidos”, afirmou hoje (14) durante seminário sobre os dois anos do Plano deDesenvolvimento da Educação (PDE).Segundo ele, oorçamento da pasta cresceu mais de 100% em seis anos. Mesmo com ocrescimento, ele afirmou que “o cobertor ainda é pequeno” para tentarcobrir todas as necessidades. Lançado em 2007 pelo governo federal,o plano – conhecido como PAC da Educação – é formado por um conjunto deações que visa a melhorar os indicadores educacionais do país até 2022.  Umdos pontos mais importantes do plano, acredita Haddad, é a evolução naquestão do planejamento e da gestão que permite “equalizar asoportunidades educacionais”. “Nós atendemos o prefeito e não sabemosde que partido é, isso não interessa. E quem aprova o PAR [Plano deAções Articuladas] e transferência de recursos é um grupo de pessoastecnicamente qualificadas para essa tarefa”, afirmou. Emrelação às recentes cassações de mandatos de governadores e às eleiçõesde 2010, o ministro disse que toda troca de comando “tem seus traumas”,que são mais fáceis de serem resolvidos quando há um plano de ações. Atualmente,todos os estados aderiram ao PDE e traçaram planos plurianuais deações, metas e investimentos.“Quando você tem um norte, atendência é preservar as ações em curso, não tem porque refazer tudo.Esse planejamento tem um ganho muito grande, sobretudo para asescolas”, defendeu.