Priscilla Mazenotti
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O deputado ArmandoMonteiro (PTB-PE), presidente da Confederação Nacionalda Indústria (CNI), defendeu na comissão geral daCâmara que discute a redução da jornada detrabalho que a diminuição no número de horastrabalhadas semanalmente seja uma discussão entre empregados eempregadores e não uma determinação legal.“Por que nãoconferir aos atores a responsabilidade de poderem negociar livrementenos seus espaços de atuação para que encontrem oponto de equilíbrio adequado, sem precisar de alguma medidaimpositiva, de caráter legal?”A Câmara se reúnepara discutir a Proposta de Emenda à Constituição(PEC) 231/95, que diminui de 44 para 40 horas semanais a jornada detrabalho sem redução de salário.O parlamentar disse quenão é verdadeiro o argumento de que reduzir a jornadade trabalho irá aumentar a contratação depessoal. Segundo ele, estudos comprovam que em países comjornada de trabalho menor não há evidências demaiores contratações. “Isso é uma falácia.A hipótese de que a redução induz a empresa acontratar mais foi rejeitada de forma unânime por estudiosos doassunto. Não há evidências empíricas outeóricas para comprovar essa hipótese”, disse. “Émuito fácil prometer o céu e o paraíso, massabemos que não corresponde ao mundo real”, completou.Armando Monteiro aindaacrescentou que atualmente no Brasil a jornada média jáé menor que 44 horas. Segundo ele, 30% dos trabalhadores tementre 41 e 44 horas de trabalho por semana. E 22% têm entre 45e 48 horas. E citou outros países. “A jornada efetiva naChina é muito superior à de 44 horas. Da Coréiado Sul também se situa em patamares superiores aos nossos. Osque concorrem verdadeiramente com o Brasil têm jornada detrabalho mais elevadas do que a média brasileira.”