Dulci critica tendência brasileira pela maior divulgação de fatos negativos

25/08/2009 - 18h44

Lourenço Canuto
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O secretário-geralda Presidência da República, ministro Luiz Dulci,criticou hoje (25) a tendência que existe no país denão se divulgar "as coisas positivas, priorizando osfatos negativos", ao falar dos resultados alcançados atéagora, no engajamento entre o governo e a sociedade civil, em tornodos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM), metareferendada nas Nações Unidas no princípio dadécada por quase 200 países. "O mal tem umavisibilidade enorme no país, enquanto o bem nãoaparece. Quando se divulgam tragédias, assassinatos, acidentesdeveria se divulgar também uma série de coisasextraordinárias que estão acontecendo", disse,lembrando que existem 2 milhões de voluntáriosregistrados que dedicam seu tempo livre pela causa dos objetivos domilênio. Para Luiz Dulci, "oretorno é a satisfação de muitas vezes elespoderem mostrar o sentido da vida, que não seráencontrado no consumo desenfreado ou em se colocar a saúde oua educação como mercadoria". Expor o mal eesconder o bem, significa para o ministro, na verdade, falsear o queocorre no país, por isso, segundo reclama, quem assiste àprogramação dos meios de comunicação"fica com uma percepção falsa da realidade".Segundo osecretário-geral da Presidência da República, acriação do Prêmio ODM pelo presidenteLuiz Inácio Lula da Silva, que vai entrar na terceiraedição, ajudará a dar mais visibilidade e adifundir as práticas que possam resultar na obtençãode resultados dentro dos objetivos traçados nas NaçõesUnidas para o milênio. Luiz Dulci tambémdestacou o papel da sociedade civil "nos resultados sociais queo país vem alcançando, com estatísticasverdadeiras, mas que ainda não conseguem cobrir todas asregiões". Por isso, defende o engajamento da sociedadecivil, que tem nas ONGs (organizações não governamentais) "uma participação muitoimportante". Para o ministro, oEstado só deve fazer sozinho o que não pode fazer emparceria, porque a sociedade sabe fazer, vive e conhece os problemas.Segundo ele, não se trata de transferir para a sociedade aresponsabilidade do Estado, mas de “aproveitar uma energiaextraordinária que é a corresponsabilidade da sociedadecivil somando força com as políticas públicas".Luiz Dulci participouhoje do Seminário Nacional da Caixa EconômicaFederal (CEF) e do Banco do Brasil, no Centro Cultural da CEF, emBrasília.