Wellton Máximo
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O secretário da Receita Federal, OtacílioCartaxo, anunciou, há pouco, os nomes de três novos superintendentes e doissubsecretários do órgão. Eles substituirão os servidores que pediram afastamento de cargos de comando na Receita após a queda daex-secretária Lina Maria Vieira.Os novos subsecretários sãoLeonardo Schettino, que assumirá a Subsecretaria de Gestão Corporativa,em substituição a Odilon Neves, e Sandro Serpa, que foi efetivado na Subsecretaria de Tributação eContencioso. Serpa ocupava o cargo interinamente há vários meses.ASubsecretaria de Fiscalização e algumas coordenações continuam vagas. O cargo era ocupado porHenrique Jorge Freitas, que também pediu demissão. O secretário adjuntoainda não foi anunciado. Cartaxo ocupava a função antes da demissão deLina Vieira.O secretário também anunciou a substituição doscinco superintendentes que ontem (24) assinaram carta contestando asrecentes exonerações no órgão. Hermano Machado assumirá o comando da 6ªRegião Fiscal (Minas Gerais), José Guilherme Vasconcelos chefiará a 8ª Região(São Paulo) e Paulo Renato Paz será o novo superintendente da 10ª Região (Rio Grande do Sul).Ocomando da 4ª Região (Pernambuco, Rio Grande do Norte, Paraíba e Alagoas) continua vago. O superintendenteda 3ª Região (Ceará, Piauí e Maranhão), Luís Gonzaga Nóbrega, permanece na função,mas está pendente no cargo. “Ele assinou a carta ontem, mas hoje medisse que estava em dúvida quanto ao texto que foi acordado e pediupara rever a posição”, afirmou Cartaxo.Ao anunciar as mudanças,Cartaxo fez uma defesa da Receita Federal. Ele negou ingerênciapolítica nos trabalhos de fiscalização e afirmou que o órgão éprofissionalizado o suficiente para resistir a interferências externas.Segundo ele, todas as trocas foram técnicas.“A Receitacontinuará a se pautar por normas que presidem a administração pública:a integridade, o mérito e a transparência. Todas as substituições têmcaráter técnico.Sempre que há mudança na cúpula, o secretário tem autonomia para fazeros ajustes que se tornarem necessários”, afirmou. “Considero erro politizarsubstituições rotineiras, que são cargos de confiança.”SegundoCartaxo, todas as unidades da Receita funcionam normalmente, e osprojetos em desenvolvimento serão mantidos. O secretáriotambém disse que a fiscalização dos grandes contribuintes não seráreduzida. “A orientação da Receita permanece inabalável. Acoordenação [de fiscalização dos grandes contribuintes] será ampliada enão haverá mudança nas diretrizes. Os critérios são objetivos eimpessoais, divulgados anualmente por meio de ato legal.”