Governo ainda precisa retirar 3 milhões de toneladas de milho do mercado, diz Stephanes

07/08/2009 - 16h29

Danilo Macedo
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O ministro daAgricultura, Reinhold Stephanes, disse hoje (7) que ainda énecessário retirar do mercado 3 milhões de toneladas de milhocolhidas na Região Centro-Oeste. Neste ano, o governo já retirou do mercado 6milhões de toneladas do cereal. De acordo com Stephanes, o volume de recursos para as operações a serem realizadas pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), que ainda depende de negociação com o Ministério da Fazenda, será divulgado até segunda-feira (10).Stephanes afirmou que a produção de 2 milhões de toneladas a mais que oesperado foi uma surpresa positiva, embora isso tenha afetado os produtores negativamente. Para que o preço domilho pago ao produtor não caia mais e desestimule o plantio para apróxima safra, o governo precisa atuarfortemente no setor, disse ele. “Temos que tomar muito cuidado porque, dapolítica que adotarmos agora, dependerá o maior ou menor plantio napróxima safra. É importante que se sustente uma boa política demilho”, afirmou.Produtores do cereal noCentro-Oeste reclamam dos preços vigentes na região, abaixo dopreço mínimo de garantia estabelecido pelo governo, e também da faltade locais para estocar o produto. A preocupação do governo com a produção de milho na safra que se inicia se deve aofato de o cereal ser a principal matéria-prima usada na criaçãode aves e suínos do país e a escassez do produto, ou a um forteaumento nos preços afetaria outros setores. Em entrevista, o ministro, que vai tirar uma semana de férias, falou hoje sobre asexpectativas para o setor no segundo semestre. Ele disse que viaja tranquilo porque deixa como substituto para cuidar das negociações sobre os próximos leilões de apoio à comercialização de alimentos o secretário executivo do ministério, Geraldo Fontelles, que trabalhou durante 15 anos como assessor especial do Ministério da Fazenda para assuntos ligados ao setor agropecuário.