Relatório do Imazon mostra redução do desmatamento na Amazônia em junho

31/07/2009 - 9h31

Luana Lourenço
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Odesmatamento na Amazônia em junho caiu 75% em relaçãoao mesmo período de 2008. Relatório divulgado hoje (31)pela organização não governamental Instituto doHomem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon) revela que em junhoa floresta perdeu pelo menos 150 quilômetros quadrados (km²)de cobertura vegetal. Em junho de 2008, os satélites haviamregistrado 612 km² de desmate.

Olevantamento do Imazon é feito pelo Sistema de Alerta deDesmatamento (SAD), com base em imagens dos satélites Cbers eLandsat, as mesmas utilizadas para a estimativa oficial, feita peloInstituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Os dados do Inpepara junho devem ser divulgados na próxima semana.

De acordocom o Imazon, em junho o desmatamento foi maior no Pará, onde121,5 km² de floresta foram derrubados (81%). Nos outrosestados, o desmatamento no período ocorreu em menoresproporções: Rondônia e Mato Grosso com 10,5 km²cada (7% cada), Amazonas com 4,5km² (3%) e Acre e Tocantins com1,5 km² cada (1%). O SAD não analisa a parte do Maranhãoque integra a Amazônia Legal.

Aconcentração de nuvens sobre a região impediu avisualização de 42% da Amazônia, segundo orelatório.

O Imazontambém calculou a evolução do desmatamento nos36 municípios que mais desmataram a Amazônia em 2007 eque tiveram áreas embargadas e restrição decrédito agrícola desde janeiro de 2008. Entre agostode 2008 e junho de 2009, o desmatamento acumulado nos chamadosmunicípios críticos foi de 677 km². Em relaçãoao período anterior (agosto de 2007 a junho de 2008), quando odesmate acumulado nessas cidades atingiu 2.834 km², houve redução de 76%.

Namaioria dos casos, houve redução significativa dodesmatamento. Apenas em um dos 36 municípios da listapraticamente não houve queda do desmate: São Félixdo Xingu, no Pará, onde o desmatamento foi de 149km² para146 km², redução de apenas 2%.

Alémdo corte raso (desmatamento completo), o SAD também registraáreas de florestas degradadas – “que sofreram intensaexploração madeireira e/ou fogo de váriasintensidades”. Em junho, pelo menos 661 quilômetros quadradosda Amazônia sofreram degradação, a maioria (84%)em Mato Grosso.