Mantega prevê crescimento da arrecadação de impostos neste semestre

29/07/2009 - 15h59

Daniel Lima
Repórter da Agência Brasil
Brasília - A arrecadação deimpostos e contribuições federais deverá crescer no segundosemestre. A avaliação é do ministro da Fazenda, que hoje (29)justificouo aumento dos gastos do governo e a redução do superavit dogoverno. Ele lembrou que os números divulgados ontem (28) peloTesouro Nacional e pelo Banco Central refletem a queda do nível deatividade e, consequentemente, da arrecadação e o aumento dos níveis degasto e investimentos, devido às medidas que o governo adotou pararecuperar a economia.

O ministro garantiu que, agora nosegundo semestre, a situação fiscal deve melhorar gradualmente eque a meta de superavit primário de 2,5% do Produto Interno Bruto(PIB, soma de todos os bens e serviços produzidos no país) em 2009será cumprida. Mantega reafirmou que, se for necessário, a equipeeconômica do governo tem o aval do presidente Lula para realizarcortes no orçamento para que se possa atingir a meta. Em 2010, ameta é de 3,3% do PIB.

“Em 2010, retornaremos ao patamarde primário que estávamos processando até o ano passado. Portanto,em ano eleitoral, o governo manterá a austeridade fiscal que vempraticando ao longo desses anos. E faremos os ajustes necessáriospara que isso aconteça”, afirmou Mantega. Ele deixou claro que nãohaverá sacrifício para os programas sociais e garantiu suamanutenção. De acordo com ele, alguns até serão ampliados, como oBolsa Família. Mantega garantiu que serão mantidos os investimentose, se tiver que fazer cortes, será “em outros gastos de custeio”.

“Não é verdade que há umdescontrole em outros gastos de custeio do governo. É claro que elessubiram em relação ao PIB, porque este não cresceu. No anopassado, o PIB estava crescendo 5% e, portanto, os gastos estavamcrescendo proporcionalmente. Como o PIB, caiu agora, o gasto decusteio caiu”, justificou.

Quanto ao gasto de pessoal, Mantegaadmitiu que houve crescimento nos últimos três anos, mas ressaltouque a conta está abaixo de 5% do PIB. “Queria lembrar que, em2002, os gastos com pessoal ultrapassaram 5% do PIB. Portanto,estamos com gastos abaixo dos de 2002.”