Cadeira permanente para o Brasil em conselho da ONU depende de reforma

29/07/2009 - 19h13

Isabela Vieira
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - O Brasil deve voltar aassumir uma das dez cadeiras rotativas do Conselho de Segurança daOrganização das Nações Unidas (ONU), em 2010, representando ocontinente americano, segundo o Itamaraty. Um assento definitivo,porém, para o Brasil ou para outro país em desenvolvimento só serápossível com a reforma do conselho.“Sabemos que o Brasilse movimenta diplomaticamente com esse objetivo [a cadeirapermanente]”, afirmou à Agência Brasil osubsecretário-geral de Comunicação e Informação da ONU, KiyoAkasaka. Contudo, para garantir a vaga, o conselho precisa passar pormudanças que dependem dos países membros da ONU, explicou.O Conselho de Segurançatem 15 membros. Do total, cinco são permanentes (China, EstadosUnidos, França, Reino Unido e Rússia), com direito a vetardecisões, e outros dez rotativos, representantes de gruposregionais, com mandato de dois anos.Para escolher os novosmembros, a Assembleia Geral da ONU deve se reunir em setembro, emNova York (EUA). Até o momento, nenhum outro país da Américaanunciou a intenção de concorrer a uma das vaga do continente, queserá renovada no próximo ano.Além da entrada doBrasil no Conselho de Segurança como membro permanente, osubsecretário-geral também avaliou que a participação de paísesem desenvolvimento ampliaria a representatividade do órgão eajudaria a resolver questões do Século 21.“Estamos cientes deque a reforma do conselho é uma questão urgente para dar maiseficiência e maior legitimidade ao órgão”, destacou. “Acomposição atual reflete o contexto político do fim da 2º GuerraMundial”.Para Akasaka, a eleiçãode Barack Obama para a presidência nos Estados Unidos podecontribuir com mudanças positivas nesse sentido. Ele disse que a ONUestá atenta à movimentação do presidente, que retomou a ajudafinanceira aos programas de saúde reprodutiva da agência e seengajou na questão ambiental.Akasaka também falousobre as reformas administrativas na ONU, com o objetivo de ampliar atransparência do órgão. Destacou mudanças em váriosdepartamentos, além da elaboração de um código de ética e dosistema de contratação de funcionários, por exemplo.