Tucano pede a Sarney que presidente do Conselho de Ética do Senado seja imparcial

17/07/2009 - 10h35

Priscilla Mazenotti
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Depois de ouvir odiscurso do presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), noqual ele deixa claro que não renunciará ao cargo porcausa das denúncias que vem sofrendo, o senador ÁlvaroDias (PSDB-PR), sugeriu que, ao menos, Sarney faça um apelo aopresidente do Conselho de Ética, Paulo Duque (PMDB-RJ), paraque tenha uma postura imparcial diante dos processos.“Um apelo para queele não se antecipe, não julgue previamente, sejaisento e cumpra o Regimento [do Senado]. Para que ele possajulgá-lo da forma transparente e imparcial, como exige asociedade”, disse Álvaro Dias, em plenário.Duque tem recebidocríticas por antecipar sua postura no Conselho de Ética.Conhecido por fazer parte do grupo de aliados de Sarney, o senadorfluminense tem sinalizado que vai protegê-lo durante a análisedos processos contra ele.O senador chegou adizer que não está preocupado com a opiniãopública porque ela “flutua”. “Seria uma tentativa dedebochar da opinião pública?” perguntou ÁlvaroDias. “Ele foi eleito e, como primeira ação, agride aopinião pública.”O presidente daComissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Petrobras,João Pedro (PT-AM), disse que, mesmo com a apresentaçãodo balanço de atividades da Casa no segundo semestre, se oSenado não estivesse em crise, “os números seriammaiores”.Já o senadorCristovam Buarque (PDT-DF) pediu que Sarney encaminhe ao presidenteLuiz Inácio Lula da Silva a cópia do relatóriocom o balanço das atividades da Casa no primeiro semestre.“Porque o presidente chamou os senadores de pizzaiolos”,disse. “E esse relatório ajuda a mostrar que o Senado estáproduzindo o que deve produzir: leis”, completou.Com um plenáriopraticamente vazio – apenas cinco senadores presentes –, Sarneyencontrou apoio em apenas um discurso: o do senador Geraldo MesquitaJúnior (PMDB-AC). “Nem a opinião pública nema opinião publicada fará com que, nos bons e nos mausmomentos, eu m e afaste desse compromisso espontâneo que temosde amizade”, declarou.Enquanto isso, osenador Roberto Cavalcanti (PR-PB), fez, em plenário, umpedido inusitado: para que a Casa troque os carros oficiais dossenadores. “Eles têm apresentado problemas”, justificou.