Novos dados sobre exploração de madeira na Amazônia devem sair em agosto

16/07/2009 - 16h29

Luana Lourenço
Enviada Especial
Manaus - O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) deve divulgar no início de agosto osprimeiros dados do programa Detecção de Exploração Seletiva, novosistema de monitoramento por satélite da Amazônia. O sistema,  com resoluçãoespacial de 20 metros,  vai conseguir vigiar áreas de manejo florestal eapontar se a exploração seletiva de madeira está de acordo com que  foiautorizado pelos órgão ambientais. O coordenador do ProgramaAmazônia do Inpe, Dalton Valeriano, disse que os dados estão prontos,serão apresentados ao Serviço Florestal Brasileiro na primeira semanade agosto eem seguida divulgados. O pesquisador apresentou a metodologia do Detexhoje (16) em palestra durante a 61° Reunião Anual da SociedadeBrasileira para o Progresso da Ciência (SBPC). A resolução doDetex permite a visualização de pequenas estradas abertas e até dospátios para o armazenamento de toras de madeira no meio das áreas defloresta. “As informações do Detex servirão de alerta, para mostrar locais que têm grande potencial de desmatamento”, afirmou. Como Detex, as áreas de concessão florestal, como a Floresta Nacional doJamari (PA), serão monitoradas periodicamente para mostrar se aexploração está seguindo os planos de manejo aprovados pelo governo nalicitação das áreas. O Inpe organizou os dados de 2007 a2008 e está mapeando as imagens de 2009. Segundo Valeriano, nospróximos anos, os números do Detex serão divulgados junto com osnúmeros do Projeto de Monitoramento do Desflorestamento na AmazôniaLegal (Prodes), que estima a taxa anual de desmatamento. Alémdo Detex, o Inpe também deverá apresentar este ano novos dados doMapeamento da Degradação Florestal na Amazônia Brasileira (Degrad), quedetalha os estágios de desmatamento da floresta. Outro programa demonitoramento, o sistema de Detecção de Desmatamento em Tempo Real(Deter), vai ser aperfeiçoado e ganhar uma nova versão, o Detex-R, comimagens de radar, que, ao contrário dos satélites, conseguem visualizara floresta mesmo sob cobertura de nuvens.