Daniel Mello
Repórter da Agência Brasil
São Paulo - Os paísesricos e emergentes não conseguiram chegar a um acordo sobre aredução de gases poluentes no encontro entre o G8 e oG5, em L'Aquila, na Itália, porque não houve a garantiados recursos necessários para atingir essas medidas. A avaliação foi feita hoje (10) pelo ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, após participar do 4º CongressoInternacional de Jornalismo Investigativo.
“Elesdizem que esse recursos viriam do setor público e do mercadode carbono. Nós achamos que essas duas fontes sãoinsuficientes para os dois fundos necessários”, disse oministro.
Deacordo com Minc, são necessários dois fundos paracombater as emissões de gases, um para reduzir apoluição e outro para realizar adaptaçõesnecessárias às mudanças climáticas que jásão inevitáveis. Cada um dos fundos necessitaria, segundoestimativa do ministro, de US$ 1,2 bilhão ao ano.
Uma dasalternativas para conseguir o dinheiro suficiente para os aportespropostos, além dos recursos públicos e do mercado decarbono, seria “uma taxação do petróleo ousobre alguma atividade emissora de carbono”, apontou Minc.
O ministro ressaltou que no Brasil as regiões mais vulneráveis àsmudanças climáticas são o “Nordeste, que deveperder um terço da sua economia até o fim do século,com a elevação de dois graus, e as áreaslitorâneas, por causa da inundação, sobretudoáreas favelizadas próximas a rios”.
EmL'Aquila, os países ricos e os emergentes concordaramem limitar o aumento do aquecimento global em dois graus Celsius.