Da Agência Brasil
Brasília - Acordo de cooperação técnica firmado entre a Agência Nacional de Águas (ANA) ea Agência Espacial Brasileira (AEB) vai possibilitar o desenvolvimento de atividades de suporte para medição das chuvas por satélites.Dessaforma, o Brasil passa a integrar o Programa de Medida Global daPrecipitação (GPM), uma iniciativa conjunta da Nasa (NationalAeronautics and Space Administration) eda Jaxa, agência espacial japonesa. A França e a Índia tambémaderiram ao programa.Deacordo com o superintendente de Gestão da Rede Hidrometeorológicada ANA, Valdemar Guimarães, as agências brasileiras pretendemestruturar e manter uma rede desenvolvida para coleta de dadospluviométricos. Segundoa AEB, as informações obtidas permitirão melhorias nogerenciamento de recursos hídricos, no planejamento das atividadesdo agronegócio, nos alertas de tempestades severas, inundações eriscos de deslizamento, nas previsões do tempo, no entendimento dociclo hidrológico regional e global e nas análises de mudançasclimáticas globais.Os dados transmitidos pelos satélitesserão validados pelas estações telemétricas, plataformasterrestres de coletas de informações com transmissão por satélite.O país conta, atualmente, com mais de 8 mil estações. “É asegunda maior rede das Américas, depois dos Estados Unidos. O Brasiltambém tem o segundo maior sistema de informações sobre essa partede recursos hídricos”, disse Guimarães.Segundo ele, osdados serão registrados a cada três horas e a Região Amazônicaterá maior monitoramento, já que é uma área de difícil acesso.“Para manter essa rede automatizada, o Brasil vai ter que investir,no mínimo, durante um período de cinco a dez anos, algo em torno de R$ 130 milhões”, acrescentou.. Para Valdemar Guimarães, o país vai se beneficiar de conhecimentosdetalhados da atmosfera e gerar informações básicas quepossibilitam implicações em várias áreas como agricultura, gestãodas águas, geração de energia elétrica e prevenção de desastresnaturais.