Marco Antonio Soalheiro
Enviado especial
Ouro Preto - Na praçaTiradentes, coração do centro histórico de OuroPreto, a janela de um casarão onde a prefeitura instalou umsetor de achados e perdidos no carnaval é procurada sobretudoem decorrência da perda de documentos pessoais. Mais de 40pessoas registraram ocorrência sem que encontrassem nada porlá. E quem vai em busca de objetos de valor, não deveter muitas esperanças.“Nunca chegam aquicoisas de valor. Quem acha uma carteira, normalmente 'limpa' antes detrazer”, afirmou Poliana Cota, 24 anos, coordenadora do serviço. Nos dias de folia, oserviço funcionou das 10h até 1h da madrugada e serámantido em horário comercial por mais uma semana após ofim do carnaval. Depois, os objetos não resgatados serãoencaminhados à Polícia Civil. Os documentos encontradossão registrados e colocados em envelopes separados em ordemalfabética. Os demais objetos são guardados em umacaixa e quem for procurá-los deve fazer descriçãoprecisa para os terem de volta.Na rotina deatendimento, há situações como a de quem dizestar à procura somente de dinheiro perdido, ou de objetoscomo tênis, camisas e touca. “O cara deve ter tomado todas, dormido pela rua e ainda deu sorte de não ter perdido acabeça”, brincou Luiza ferreira, que também trabalhano controle dos objetos devolvidos. “Estar trabalhando no carnavalnão é a pior das coisas. Em alguns casos, a gentetambém se diverte”, disse a funcionária, que encaracom bom-humor o fato de trabalhar enquanto os outros se divertem.