Luciana Lima
Repórter da Agência Brasil
Brasília - A família daadvogada brasileira Paula Oliveira optou por ficar em silêncioaté que a polícia da Suíça conclua asinvestigações sobre o suposto ataque sofrido pelabrasileira na última segunda-feira (9), na estaçãode trem de Dubendorf, a cerca de 5 quilômetros de Zurique. O tio de Paula, SílvioOliveira, disse que conversou hoje (15) com o pai da advogada, PauloOliveira, que também é advogado e que acompanha a filhaem Zurique. Paulo, de acordo com Sílvio, orientou a famíliaa não falar sobre o caso até que a políciaapresente as provas sobre a versão apresentada sobre o caso.“Esse caso só se resolverá nos tribunais. A políciasuíça terá que apresentar os elementos que sustentama versão apresentada”, disse o tio da advogada àAgência Brasil. Hoje, de acordocom informações do Consulado do Brasil em Zurique, aembaixadora brasileira Vitória Clever esteve em contato com afamília, mas ela também preferiu não falar nada sobre o assunto.A brasileira continuainternada no Hospital Universitário de Zurique. Ela teve ocorpo marcado por estilete e contou à polícia ter sidoagredida por neonazistas. Já a polícia suíçasuspeita de que as inscrições da siga do partido dogoverno da Suíça SVP (Partido do Povo Suíço),feitas no corpo da advogada, tenham sido produzidas por ela própria numa espécie de automutilação.A polícia tambémdivulgou um relatório que afirma que a advogada nãoestava grávida no momento em que a agressão teriaocorrido. Na versão contada por Paula à polícia,ela disse ter perdido as gêmeas que esperava após aagressão e que o aborto teria ocorrido em um banheiro públicopróximo à estação de Stettbach, depois deter sido agredida com chutes pelos agressores.