Da Agência Brasil
Brasília - O sindicato dos motoboys do estado de São Paulo pediu hoje (5) ao ministro do Trabalho, Carlos Lupi,gratuidade em cursos de formação e uma campanha para promover a formalização dos trabalhadores da categoria. A audiência foi realizada na tarde de hoje, em Brasília, e contou com a presença do presidente da União Geral dosTrabalhadores (UGT), Ricardo Patah.“Nós viemos pedir curso de qualificação para a categoria. EmSão Paulo, 85% da nossa categoria está no mercado informal, então viemos pediruma campanha nacional para o Ministério do Trabalho. Em São Paulo, no anopassado, nós fizemos uma campanha, junto com o ministério, e encaminhamos 428empresas para uma mesa redonda. Essa ação gerou cerca de 6 mil carteiras assinadas”, afirmou Alexandre da Silva Pinto,secretário-geral do sindicato dos motoboys do estado de São Paulo.O intuito da campanha proposta pelo sindicato é a diminuição da informalidade e dosacidentes. Em São Paulo, são registrados cerca de 25 acidentes com motos por dia. Ainda segundo o sindicato, de duas a quatro pessoas morrem diariamente por causa desses acidentes. O secretário-geral do sindicato acredita que a gratuidade de cursos de capacitação e formação - que atualmente custam de R$ 50 a R$ 100 - poderá contribuir para diminuição desses índices negativos no trânsito. No Brasil, cerca de 95% do 1 milhão de motoboys não possuem registro em carteira de trabalho. “Existe a obrigatoriedadeda empresa de registrar, não existe a pessoa jurídica para motoboy”, afirmou Patah.De acordo com o representante do sindicato, o ministro se comprometeu a ajudar e,provavelmente, haverá outra audiência na próxima semana com a presença dos Ministérios do Trabalho e das Cidades.