Corregedor da Câmara não vê motivos para renunciar, mesmo acusado de sonegação fiscal

05/02/2009 - 14h55

Roberta Lopes
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O segundo vice-presidente e corregedor da Câmara, deputado Edmar Moreira (DEM-MG), disse hoje (5) que não vê motivos para deixar o cargopor conta das denúncias de que não declarou ao imposto de renda umcastelo de sua propriedade e também por terdívidas com o INSS. Ele disse que que se sente "absolutamente" àvontade para ocupar o cargo de corregedor. "Renunciar por quê?",questionou.Ele afirmou quejamais disse que o Conselho de Ética deveria ser extinto. Na verdade,"tem de ser mudada a operacionalização". Moreira defendeu que quem devejulgar os parlamentares é a Justiça e que o Conselho de Ética apenas analise aadmissibilidade da denúncia. "Acho que todo mundo é inocente, até quese prove o contrário", afirmou.Embora tenha tentadodesconversar sobre a denúncia de que sua empresa tenha dívida com oINSS, ele informou que há um processo contra a empresa, mas que [ele] aindanão foi citado. "Tem processo de uma fiscalização que houve, eu não fuicitado no processo, o processo está na Justiça. Esse é um valor que jáprovamos que foi pago", disse Edmar Moreira.Em relação ao castelo,que ele não teria declarado ao imposto de renda, o deputado afirmou quepassou todos os bens para o nome dos dois filhos, inclusive o castelo.O imóvel fica na sua cidade natal, São João Nepomuceno (MG), e, segundoo deputado, está avaliado entre R$ 20 e R$ 25 milhões. Ele disse queconstruiu o imóvel na década de 1980 para atrair turistas à região. "Aidéia era fazer um tipo diferente de turismo. O que será melhor do queum castelo?", justificou.Pela manhã, o líder doDEM na Câmara, deputado Ronaldo Caiado (GO), disse que, nas próximassemanas, o partido deverá tomar uma posição sobre o caso do deputado.