Transpetro diz que articulações para subir preço do aço podem levar a importar o produto

04/02/2009 - 19h10

Alana Gandra
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - A Transpetro, subsidiária daPetrobras, repudiou o que chamou de “articulações”que estariam sendo feitas pela Usiminas para impor preços maisaltos do que os praticados por produtores internacionais na venda deaço para a construção de seus navios e, comisso, “ameaçar a sobrevivência da nascente indústrianaval brasileira”.De acordo com a nota divulgada hoje(4) pela empresa, a Transpetro reafirma sua posição debuscar menores custos para o aço “estejam ondeestiverem”. O aço representa cerca de um terço nocusto final de um navio.

O Instituto Brasileirode Siderurgia (IBS), do qual a Usiminas faz parte, alegou que adecisão da Transpetro de importar aço da Chinaprejudica a indústria nacional e a geração deempregos no Brasil.

A Transpetro negou quetenha ocorrido, nas primeiras licitações do Programa deModernização da Frota (Promef), favorecimento aqualquer país na aquisição de aço paraviabilizar a construção de navios da estatal. Oobjetivo, segundo a empresa, foi garantir menores custos. O Promefenvolve a construção de 49 navios.

A empresa esclareceuque, na quarta licitação realizada no dia 15 de janeirodeste ano, que o preço ofertado pelaUsiminas ficou 60% acima da melhor oferta. “Como os preçosofertados em janeiro alcançaram um patamar competitivo, aTranspetro optou por aumentar a encomenda de 18 mil para 42 miltoneladas, de acordo com solicitação do estaleiroAtlântico Sul, destino final do aço”, diz a nota.

Ainda segundo asubsidiária da Petrobras, a Usiminas, ao ser convidadaa oferecer sua melhor oferta, aceitou reduzir o preço do aço,mas somente para um lote de 18 mil toneladas, recusando-se a fornecer mais 6 mil toneladas de aço de acordo com a cotaçãointernacional.

A Transpetro acreditaque a cada negociação por um preço justo para oaço necessário à construção deseus navios, ela contribui para ampliar as oportunidades da indústrianaval, “gerando mais empregos e mais riqueza para o Brasil”.