Daniel Lima
Repórter da Agência Brasil
Brasília - OBrasil não está em recessão, disse hoje (4) o ministro da Fazenda, Guido Mantega. Segundo ele, o crescimento em 2008deve ficar em torno de 5%, mas, com a desaceleração daeconomia no primeiro semestre deste ano, o ritmo será um poucomais lento, acompanhando o cenário internacional. Oministro admitiu que o Produto Interno Bruto (PIB) do primeirotrimestre do ano será menor, se comparado com o mesmo períododo ano passado, quando houve um aquecimento forte. "Ele vaificar semelhante ao do último trimestre de 2008, ainda em ummomento de ajuste da economia", disse. O PIB do períodoainda não foi divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografiae Estatística (IBGE). Parao ministro, a queda no último período foi um susto, masa recuperação da economia deve se dar ao longo de 2009.Manteganegou que o governo tenha abandonado a projeção de 4%para o crescimento da economia, ressaltando que essa é umameta a ser perseguida pelo governo, e não um númerofatídico. "O governo persegue meta mais ambiciosa decrescimento do que aquelas que nos são atribuídas."Elelembrou que o Fundo Monetário Internacional (FMI) prevê1,8% de crescimento e alguns analistas falam em 1,5%, mas disse que épreciso ser ousado e não ficar parado, esperando "a coisadesacelerar". Mantega destacou que o governo tem anunciadomedidas praticamente toda semana. "Colocamoso maior volume de crédito que já houve disponívelno BNDES [Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico eSocial] e estamos dispostos a adotar mais medidas para sustentaresse crescimento maior", afirmou. Sobreo programa de habitação popular que o governo elabora para estimular o setor, Mantega disse que asmedidas estão sendo finalizadas, com um "impulso forte",mas evitou antecipar detalhes. Ele também não anunciouisenção fiscal para setores da economia que precisam deajuda para enfrentar a crise econômica. O objetivo da cautela éevitar que o setor que será beneficiado pare as atividades àespera de possíveis medidas.