Mantega diz que PAC forteleceu o país para enfrentar crise financeira

04/02/2009 - 10h55

Daniel Lima
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O Programa deAceleração do Crescimento (PAC) fortaleceu o paíse também o colocou em condições mais favoráveispara enfrentar a conjuntura adversa que se coloca atualmente com acrise econômica mundial. A análise é do ministroda Fazenda, Guido Mantega, que participa na manhã de hoje (4)do balanço de dois anos do programa no Palácio doPlanalto junto com o ministro Paulo Bernardo, do Planejamento, eDilma Rousseff, da Casa Civil."Viu Dilma, se nãotivéssemos lançado o PAC em 2007 teríamos queinventá-lo agora, pois os outros países que nãofizeram isso estão agora implantando seu PAC", dissedirigindo-se à ministra da Casa Civil.Segundo Guido Mantega,o programa mostra que ao contrário de outros países, oBrasil já vem implementando uma política anticiclica hámais de dois anos, que permitiu preparar o País de formasólida para enfrentar a crise internacional.O governo anunciou hojeum incremento de R$ 142,1 bilhões no programa que inicialmenteprevia R$ 503,9 bilhões. Com os novos recursos, as verbasprevistas para o PAC devem chegar a R$ 646 bilhões. Após2010, no próximo governo, estão previstos mais R$ 502,2bilhões elevando para R$ 1, 148 trilhão o total deverbas para o Programa de Aceleração do Crescimento.Durante o balanço,o ministro Guido Mantega lembrou que a economia brasileira passou deuma taxa de crescimento de 2,5% ao ano para um patamar acima de 4,5%,o que significa que o Brasil voltou a crescer. "Nos últimosdois anos, crescemos em torno de 5%. Esse crescimento foiimpulsionado sobretudo pelo aumento expressivo do crescimento",disse.O ministro destacou quea partir de 2006 o crescimento passou a ser de dois dígitos,ou seja, mais de 10%. Em 2008, segundo ele o crescimento ficoupróximo de 15% sobre o ano anterior de acordo com as últimasestatísticas. A estimativa é de três vezes ocrescimento do PIB.O ministro ressaltouainda o crescimento da demanda interna que chegou a 7,3%, com oconsumo no varejo atingindo ao longo de 2008 o patamar de 14% antesde setembro, quando a crise econômica começou a sersentida mais profundamente."Nósampliamos a capacidade de consumo da populaçãobrasileira. No período mais recente, com a crise, nóstivemos uma queda no crescimento de 10,9% [resultado de 12meses]", afirmou.Para o ministro, essesnúmeros significam que, apesar da crise, o Brasil possui umnível de consumo bastante elevado mesmo que haja uma queda oíndice ainda se manterá expressivo. O fatorresponsável pelo aumento do investimento e do consumo foi oaumento do crédito.Guido Mantegaapresentou números que mostram uma elevação nocrédito de 22% (2002) para 41% do PIB (2008). Crescimentoalavancado também pelo reestruturação do mercadode capitais, que passou a fornecer crédito barato para asempresas. Outro fator responsávelpelo crescimento foi que o crédito se tornou acessívelpara as populações de média e baixa renda e a"bancarização". Ou seja, pessoas que nuncativeram acesso a uma conta bancária puderamtê-la.No balanço, oministro da Fazenda enfatizou ainda que, mesmo com a crise que atingetodos os países do mundo, houve no Brasil a manutençãodas reservas internacionais em US$ 200 bilhões. "O Brasil conquistou a confiança internacional pois é um dosmais sólidos entre os emergentes. A prova de confiançaque é um dos mais atraentes para investimentos", disse.