Sabrina Craide
Repórter da Agência Brasil
Brasília - A maiorparte dos R$ 142,1 bilhões que serão incluídosno Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) viráda iniciativa privada ou de empresas estatais. O ministro doPlanejamento, Paulo Bernardo, que não soube precisar quantodesse valor virá do Orçamento da União, afirmouque o principal papel do governo é fazer o monitoramento dasações. “Esse dinheiro não vai sairtodo do orçamento federal, mas isso não quer dizer quenão tenhamos interferência, porque, se fazemos umarodovia concessionada, ela pode ser feita por licitação,e a empresa que ganhar vai ter que fazer os investimentos. Se façouma hidrelétrica ou uma linha de transmissão porconcessão, quem vai fazer o investimento é a empresa.Por que isso não pode ser incluído no PAC?”,questionou o ministro. Bernardo disse que não hácontradição entre os cortes feitos no Orçamentoe o aumento de recursos para o PAC, porque apenas uma pequena parcelavirá dos cofres públicos. “Vamos manter todos osinvestimentos do PAC com o orçamento equilibrado. Se tivermenos receita, vou ter que cortar despesas, que serão outras,que não do PAC”, garantiu. Durante a avaliaçãosobre o andamento das obras do PAC, a chefe da Casa Civil, ministraDilma Rousseff, que coordena o programa, explicou que os R$ 142,1bilhões incluem obras que já estavam previstas, mastiveram valores ampliados, e obras novas, que representam 80% desseacréscimo. A ministra citou como exemplo de obras queforam incluídas no PAC o trecho Sul da Ferrovia Norte-Sul, aferrovia de integração Oeste-Leste, o trem de altavelocidade, que ligará São Paulo e Rio de Janeiro, asRefinarias Premium I e II e Clara Camarão e a Hidrovia doTocantins. Paulo Bernardo admitiu que os maiores problemas doPAC estão na execução das parcerias com estadose municípios. “Eles também enfrentam a burocracia e adificuldade que nós enfrentamos, às vezes, atécom mais dificuldades. Mas temos orientação dopresidente Lula para fazer uma rodada de trabalho com eles para verse conseguimos eliminar essas dificuldades.”