Alana Gandra
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - A ampliação dosrecursos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC)em mais R$ 142,1 bilhões até 2010, anunciada hoje (4)pelo governo federal, foi vista como positiva pelo gerente deInfra-estrutura e Novos Investimentos da Federação dasIndústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), CristianoPrado.
Prado disse, porém,que mais importante do que aumentar o orçamento do PAC égarantir a rapidez das obras, por meio de medidas, como a eliminaçãode restrições ambientais e a melhoria da gestãodas obras que se acham em andamento, por exemplo. “O impactoimediato é muito maior”, comentou. Principalmente em ummomento de crise, como o que o mundo vive hoje.
De acordo com o gerentede Infra-estrutura e Novos Investimentos da Firjan, um ritmo maisacelerado para as obras significará benefício econômicopara o Brasil. “Se a gente conseguir cumprir os prazosoriginalmente previstos, sem adiamento, o Brasil como um todo vaiganhar bastante”, disse.
Os industriaisfluminenses demonstram interesse especial, dentro do PAC, nas obrasde logística, informou Prado, e reivindicou rapidez naexecução das obras do Arco Metropolitano do Rio deJaneiro, para conclusão até 2010. Outra obra, cujoinício está atrasado e corre o risco de não serrealizada, segundo o economista, é o contorno ferroviárioda região de São Paulo.
“Ela éparticularmente benéfica para o Rio de Janeiro porque trazcargas para o Porto de Itaguaí, desafogando o sistemaportuário de São Paulo. Essa é uma obra que agente olha com grande preocupação o risco dela nãoacontecer, e está marcada com sinal de atençãono PAC”, afirmou.
Outro setor importantepara o estado do Rio de Janeiro é o de energia. Prado avalioua construção da usina nuclear de Angra 3 como umaprioridade para a indústria local, por contribuir para aeficiência energética do país e para aauto-suficiência energética fluminense.