Líderes partidários defendem indicação nas comissões pelo princípio da proporcionalidade

03/02/2009 - 18h20

Marcos Chagas
Repórter da Agência Brasil
Brasília - A disputa entre o PDT eo PR por um cargo na Mesa Diretora do Senado fez com que várioslíderes se manifestassem hoje (3) sobre a necessidade dopresidente da Casa, José Sarney (PMDB-AP), garantir oprincípio da proporcionalidade na composição dascomissões que ainda está em discussão.O líder do PSDB,senador Arthur Virgílio Neto (AM), afirmou em plenárioque esse deve ser o critério a ser respeitado nas comissões,e classificou de “pueril” o argumentos de alguns senadores de queo critério da proporcionalidade foi quebrado a partir domomento em que o petista Tião Viana (AC) decidiu disputarchapa para a presidência do Senado com Sarney, integrante doPMDB que tem a maior bancada no Senado e, por tradição,teria o direito de fazer a indicação para o cargo.“Confio plenamente natranqüilidade de vossa excelência[senador José Sarney] de que será capazde coordenar a pacificação dessa Casa”, afirmou olíder tucano.Já o líderdo PT, senador Aloizio Mercadante (SP), foi na mesma direçãodo senador Arthur Virgílio. Segundo ele, ainda há tempode superar a controvérsia criada pela disputa do PDT com PRpela 4ª Secretaria, preservando a tradição de quea maior bancada tenha a prioridade na indicação. Casocontrário, afirmou Mercadante, se for quebrada essatradição, corre-se o risco de se criar “um cenáriode instabilidade e dificuldade”, o que não acredita queacontecerá.Outro que manifestoupreocupação a respeito do critério o deindicações foi o líder do PSB, Renato Casagrande (ES). Ele defende que nas indicações para oscargos nas comissões seja considerado a maioria dos blocospartidários, o que daria aos pequenos partidos a oportunidadede ter representatividade nesses cargos. “Temos um debate a fazersobre a representatividade das minorias. Esse é o caminho: odo entendimento e do acordo”, disse.O líder dogoverno, senador Romero Jucá (PMDB-AC), é outro que vai pelocaminho do entendimento. Segundo ele, a política, a conversa,são instrumentos fundamentais. “Ontem, tivemos uma disputaentre presidentes. Hoje, estamos avançando e construindo oconsenso entre vários cargos. Amanhã, espero quetenhamos condições de construir o consenso para oscargos restantes e para todas as comissões”, afirmou.