Governo americano libera US$ 20,3 milhões para vítimas do conflito na Faixa de Gaza

03/02/2009 - 16h05

Mylena Fiori
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O governo dos Estados Unidos liberou US$ 20,3milhões para ajuda a palestinos refugiados e vítimas doconflito na Faixa de Gaza. A verba foi anunciada ontem (2) pelopresidente Barack Obama e sairá do Fundo de AssistênciaEmergencial a Refugiados e Migração.De acordo com o memorando assinado por Obama, osrecursos poderão ser direcionados a organizaçõesinternacionais, governamentais e não-governamentais. Tambémcobrirão gastos administrativos da Divisão dePopulação, Refugiados e Migração doDepartamento de Estado.Em campanha, Obama prometeu se engajar nasnegociações pela paz no Oriente Médio. Assim quetomou posse, o novo presidente nomeou o ex-senador George Mitchell –que participou das negociações de paz na Irlanda doNorte nos anos 90 e liderou uma comissão internacional parainvestigar a violência no Oriente Médio – como enviadoespecial dos Estados Unidos ao Oriente Médio.Hoje (3), Mitchell relatou sua viagem àsecretária de Estado, Hillary Clinton. Após a reunião,Hillary reafirmou o compromisso dos Estados Unidos com a paz entrePalestina e Israel.“Esperamos trabalhar com todas as partes paraajudá-las a avançar em direção a umacordo que ponha fim ao conflito, crie um Estado da Palestinaindependente e viável e dê a Israel a paz e a segurançaque procura”, disse Hillary. Segundo ela, o governo norte-americanoaguarda ansiosamente o resultado das eleições em Israelpara começar a trabalhar com os novos dirigentes. No lado oposto, o governo norte-americano vemdialogando com a Autoridade Palestina por meio do presidente MahmoudAbbas e do primeiro-ministro Salam Fayad. Quanto ao diálogo com o Hamas, que controlaa Faixa de Gaza, Hillary foi categórica: “Eles têm quereconhecer Israel. E têm que concordar em manter acordosanteriores firmados pela Autoridade Palestina”. A secretáriatambém exigiu que cessem os lançamentos de foguetescontra Israel. O presidente Luiz Inácio Lula da Silvadefende a participação do Hamas nas negociaçõesde paz.