Cerca de 200 policiais ocupam comunidade de Paraisópolis, em São Paulo

03/02/2009 - 9h13

Marli Moreira
Repórter da Agência Brasil
São Paulo - Cerca de duzentos policiais ainda ocupam a favela de Paraisópolis, na zona sul da cidade de São Paulo, onde, no final da tarde de ontem (2), ocorreu um confronto com manifestantes. Segundo a Secretaria de Segurança Pública do estado, os atos de vandalismos foram praticados por um grupo em reação à morte de um foragido da Justiça, ocorrida no último domingo (1º). Ao ser parado por policiais em uma fiscalização, o homem teria atirado e na troca de tiros acabou morto.Na confusão de ontem, quatro pessoas ficaram feridas, três delas policiais socorridos em hospitais da região, e um morador. Seis prisões foram feitas, e três menores detidos. Os manifestantes colocaram barricadas em uma das principais vias do bairro do Morumbi, a Giovanni Gronchi, usando sacos de lixo e pneus incendiados. Com a chegada da polícia, eles reagiram com pedras, paus e tiros. Ao todo, 60 viaturas da Força Tática, da Tropa de Choque e do Policiamento de Área, além de dois helicópteros da Polícia Militar atuaram na operação. Também seguiram para a comunidade 12 carros do Corpo de Bombeiros e 34 homens da corporação.O secretário de Segurança Pública, Ronaldo Marzagão, chegou a sobrevoar o local por mais de uma hora, até o início da madrugada, quando a situação já estava sob controle. Paraisópolis é a segunda maior favela da cidade, com 80 mil moradores. Segundo a secretaria, o objetivo dos policiais é vigiar todas as saídas e prender os autores das infrações que ocorreram no início da noite de ontem.