Carnaval ajuda reduzir impacto da crise mundial no Rio, diz secretário

01/02/2009 - 8h38

Vitor Abdala
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - O carnaval carioca, além deatrair anualmente milhares de turistas para a cidade, tem contribuído paraamenizar os efeitos da crise econômica mundial em relação ao desemprego naregião metropolitana do Rio de Janeiro. A afirmação é do secretário estadual deTrabalho e Renda, Ronald Ázaro.

De acordo com ele, a indústria docarnaval tem funcionado como uma válvula geradora de empregos na região. “O Riode Janeiro é um grande fomentador da festa do carnaval. E esse é um grande momentode empregabilidade no Rio. Isso minimiza o impacto [em relação ao desemprego] na região metropolitana”, afirmou.

Segundo a Secretaria Estadual deDesenvolvimento Econômico do Rio, o carnaval gera mais de 400 mil postos detrabalho em toda a cadeia produtiva, ou seja, desde o trabalho nos barracõesdas escolas de samba até os empregos na rede hoteleira e no comércio.

Ronald Ázaro explica que oimpacto do carnaval é tão positivo que consegue manter estáveis os níveis deemprego e todo o estado, neutralizando os baixos índices da Região do MédioParaíba fluminense, provocados pelas demissões.

Essa região, aliás, tem sido o ponto maisvulnerável do estado em relação à perda de empregos por causa da crise mundial.O Médio Paraíba é o pólo metal-mecânico do Rio, concentrando as indústriasautomobilísticas e siderúrgicas, como a Volkswagen Ônibus e Caminhões,Peugeot-Citröen e a Companhia Siderúrgica Nacional (CSN).

Apenas em Volta Redonda,segundo Ázaro, cerca de duas mil pessoas perderam seus empregos desde o inícioda crise. Para tentar evitar mais demissões na área, a secretaria temtrabalhado em parceria com as prefeituras.

 Entre as medidas feitas emparceria do governo do estado com as prefeituras do Médio Paraíba, estão aoferta de cursos de qualificação para 15 mil pessoas a partir de maio ecampanhas para que os moradores consumam no comércio local.

Além disso, os nove municípios da região estãoestudando reduzir impostos para que as empresas não demitam. A proposta dedesoneração, que ainda não foi concluída, deverá garantir a redução de até 20%do Imposto Sobre Serviços (ISS) e de até 30% do Imposto Predial e TerritorialUrbano (IPTU).