“Não demos as costas para os governos”, garante organizador do Fórum Social Mundial

01/02/2009 - 17h38

Luana Lourenço
Enviada Especial
Belém (PA) - O sociólogo emembro do Conselho Internacional do Fórum Social Mundial (FSM) Cândido Grzybovski rebateu hoje (1°) as críticas deque o megaevento deveria abrir espaço para maior participaçãodos governos no debate sobre um outro mundo possível. “Nósnão demos as costas para os governos. A cidadania nunca deu,sempre votou, nós que damos mandatos a eles. Mas aqui no nossoevento, no nosso território, eles têm que se submeter àsnossas regras, à nossa lógica”.O FSM éorganizado por movimentos sociais e organizaçõesnão-governamentais e os governos participam eventualmente comoconvidados.Grzybovski defendeu aCarta de Princípios do FSM, formulada em 2001, segundo a qualgovernantes e partidos não são partes do evento. Noentanto, disse que o FSM está aberto para recebê-los,inclusive para cobrar ações em resposta àsdemandas apresentadas pela sociedade civil durante os debates.“Aqui é umevento de cidadania. Nós podemos trazê-los para ver seeles são responsáveis nos mandatos que lhes conferimos.Esse foi, inclusive, o sentido do ato que fizemos com ospresidentes”, afirmou, em referência ao debate realizado naúltima quinta-feira (29), no FSM, entre os presidentes LuizInácio Lula da Silva, Hugo Chávez (Venezuela), FernandoLugo (Paraguai), Rafael Correa (Equador) e Evo Morales (Bolívia).