Paulo Bernardo diz que aumento no Bolsa Família não dificultará administração do orçamento

29/01/2009 - 15h19

Wellton Máximo
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Oaumento no número de beneficiários do programa Bolsa Família não vai dificultar a administração doorçamento em momentos de corte de gastos e queda na arrecadação,afirmou hoje (29) o ministro do Planejamento, Paulo Bernardo.Aochegar para a reunião mensal do Conselho Monetário Nacional (CMN),Paulo Bernardo disse não ver contradição no fato de o governo aumentaro valor máximo para a inclusão no Bolsa Família, um dia depois de aequipe econômica ter cortado R$ 37 bilhões do orçamento deste ano.“Ogoverno está fazendo todo um trabalho de revisar a receita, a despesa evamos inclusive adotar novas medidas em função da conjuntura econômica,como o aumento dos benefícios sociais”, alegou o ministro.Nofinal da tarde de ontem (28), o presidente Luiz Inácio Lula da Silvaautorizou que famílias com renda mensal per capita de até R$ 137recebam benefícios do Bolsa Família. O limite anterior era de R$ 120. Amedida permitirá a inclusão de 1,3 milhão de famílias em todo o país.SegundoBernardo, a inclusão de novas faixas de renda no Bolsa Família está emlinha com outras medidas em elaboração pelo governo, como o pacote paraa habitação, previsto para ser anunciado na próxima semana. “Estamospreparando medidas na área habitacional. Portanto, o reajuste do BolsaFamília está dentro do que tínhamos planejado”, esclareceu.Oministro não comentou a ata do Comitê de Política Monetária (Copom) doBanco Central, divulgada hoje, que apontou que o aumento do BolsaFamília representará novo impulso para o crescimento da demanda, comoocorreu com a expansão do crédito no ano passado.