Copom prevê manutenção dos preços da gasolina e do gás de cozinha neste ano

29/01/2009 - 9h59

Stênio Ribeiro
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O cenário éfavorável à estabilização dos preçosdo petróleo e do gás de bujão, ou de cozinha, deacordo com avaliação do Comitê de PolíticaMonetária (Copom) em relação à tendênciade inflação para 2009. Os preços desses produtosnão devem sofrer reajuste no decorrer do ano, segundo a ata dareunião do Copom, realizada na semana passada, divulgada hoje(29) pelo Banco Central.O mesmo nãodeve ocorrer com relação às tarifas de telefoniafixa e de eletricidade. As projeções de reajustesacumulados em 2009 para esses produtos foram mantidas em 5% e 8,1%,respectivamente, como já manifestara o Copom na reuniãode dezembro passado.O colegiado dediretores do BC acredita que o Índice de Preços aoConsumidor Amplo (IPCA), balizador da inflação, deveconvergir ainda este ano para a meta de 4,5%. Mas, de acordo comsimulações realizadas até agora, o conjunto depreços administrados (combustíveis, eletricidade,telefonia, educação, transporte público,saneamento e outros) deve ter reajuste acumulado de 5,5% em 2009. Embora projete reajustezero para gás e gasolina, a ata do Copom salienta a existênciade volatilidade nos preços internacionais do petróleo,que tiveram queda acentuada no segundo semestre do ano passado.O Copom acena,inclusive, com a possibilidade dessa redução setransmitir para a economia doméstica, “tanto por meio decadeias produtivas, como a petroquímica, quanto pelo efeitopotencial sobre as perspectivas de inflação”.O comitê mencionaque ficará particularmente atento ao comportamento de preçosdas commodities agrícolas (produtos com cotaçãointernacional), que têm forte impacto na evoluçãodos custos alimentares, como trigo, soja e milho. Esses produtosregistraram elevação nos últimos meses devido aproblemas climáticos em algumas regiões produtoras.