Consórcio multado pela morte de peixes no Rio Madeira contesta números do Ibama

24/12/2008 - 0h07

Ivan Richard
Repórter da Agência Brasil
Brasília - O consórcio Madeira Energia S/A (Mesa), responsável pela construção da Hidrelétrica de Santo Antônio, no Rio Madeira (RO), multado pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) pela morte de 11 toneladas de peixes, diverge do órgão e afirma que a “perda” foi de seis toneladas de peixes. As outras cinco toneladas, de acordo com a empresa, foram doadas à entidades filantrópicas. Por meio de sua assessoria de imprensa, o consórcio afirma que suas equipes técnica e jurídica estão avaliando a autuação e aguardam a apresentação do parecer técnico do Ibama.A empreiteira alega que após 17 dias de trabalho de resgate na ensecadeira 1, localizada entre a margem direita do Rio Madeira e a Ilha do Presídio, cerca de 85 toneladas de peixes foram devolvidas ao rio com vida.“A perda registrada foi de seis toneladas. A operação, portanto, foi realizada com sucesso, atingindo 92,5% de taxa de sobrevivência. Esse trabalho teve autorização do Ibama e foi  executado por uma equipe técnica da  Universidade Federal de Rondônia (Unir) contratada pela Mesa, além de um conjunto de profissionais ligados à pesca”, diz o consórcio por meio de nota.Ainda segundo a nota, outras cinco toneladas, resgatadas com vida, foram congeladas e posteriormente doadas ao Departamento de Vigilância Sanitária da Secretaria Municipal de Saúde. O consórcio explicou que, devido a fragilidade dos peixes, a empresa, seguindo orientação do Ibama, decidiu colocá-los em câmaras frias para depois doá-los.