Reeleição de Gabiraldi à presidência do Senado é ilegal, segundo juristas ouvidos por Lula

19/12/2008 - 14h51

Yara Aquino
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Aocomentar hoje (19) a disputa pelas presidências do Senado eda Câmara, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva disseque se houver pulverização, com o surgimento de muitoscandidatos, há o risco de se “incorrer em erros”. Lula revelou também que juristas com os quais tem conversado consideram que, do ponto de vista legal, o presidente do Senado, Garibaldo Alves Filho (PMDB-RN), não pode ser reeleito.“Sepulverizarmos demais, complicamos a política”, afirmou ele,durante o tradicional café da manhã de final de ano comjornalistas.Em outro momento daconversa, ele disse que “não podemos incorrer em erros dopassado, quando o resultado da falta de bom senso levou àreeleição do deputado Severino Cavalcanti”. Aoiniciar o assunto, Lula disse que acreditava que “o jogo jáestava definido”, com as candidaturas iniciais de Tião Viana(PT-AC) e Michel Temer (PMDB-SP). “Todos iríamos ganhar comisso”, comentou.O presidente fez a ressalva de que, doponto de vista democrático, todos podem se lançarcandidatos, mas observou que “o eleito tem que ter arespeitabilidade dos membros que vai liderar”. Três deputados estão na disputapelo comando da Câmara: Michel Temer (PMDB-SP), Aldo Rebelo(PCdoB-SP) e Ciro Nogueira (PP-PI). No Senado, há doispostulantes à presidência: Tião Viana (PT-AC) eGaribaldi Alves (PMDB-RN).