Vladimir Platonow
Repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro - O ministro da Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República, Paulo Vannuchi, lançou hoje (10) no Rio, o primeiro exemplar da revista Direitos Humanos. A edição é relativa aos 60 anos da Declaração Universal dos Direitos Humanos, comemorados hoje. O lançamento foi na Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj).Ao lado do presidente da Comissão dos Direitos Humanos da Alerj, deputado Alessandro Molon (PT), o ministro destacou a necessidade de haver uma lei geral sobre direitos humanos no país, e disse que a matéria tem que ser ensinada tanto nas escolas, quanto nos quartéis.Vannuchi divulgou uma recente pesquisa encomendada pela Secretaria, revelando que a parcela de brasileiros que relaciona a defesa dos direitos humanos à defesa de bandidos é minoria, cerca de 20%. Ainda assim, o ministro disse que a maior parte dos entrevistados, 51%, ainda é a favor da pena de morte.“Nós não separamos segurança pública de direitos humanos. O direito à segurança é um direito humano”, disse Vannuchi. “Bandido tem que ser preso, mas não pode se tratado como um inseto. Ele é um ser humano”, afirmou.Para o deputado Molon, a defesa dos direitos do cidadão não é incompatível com políticas firmes de segurança. Ele falou que o modelo atual adotado no Rio de Janeiro, de ocupar com grande contingente de policiais comunidades, como acontece na favela Dona Marta, em Botafogo, e na Cidade de Deus, em Jacarepaguá, pode representar um avanço em relação ao que acontecia antes.“A polícia que entra e sai do morro a toda hora não deixa nada para trás, a não ser corpos. A presença fixa é um passo importante do estado, mas não pode ser o único”, afirmou Molon.O ministro Vannuchi também disse que o papel da imprensa na divulgação e discussão dos direitos humanos é fundamental, pois mobiliza a opinião pública.