Da Agência Brasil
Rio de Janeiro - Em depoimento hoje (10), ao 2º Tribunal do Júri do Rio de Janeiro, o policial militar Willian de Paula, acusado de matar a tiros o menino João Roberto Amorim, em julho deste ano, disse que confundiu o carro em que o menino estava, um Fiat Palio Weekend, com o veículo de um suspeito que ele perseguia, um Fiat Stilo. João Roberto foi morto depois que policiais atiraram contra o carro em que estavam ele, sua mãe e seu irmão, na Tijuca, zona norte do Rio.“Eu confundi o carro e só vi o símbolo da Fiat”, alegou o policial, depois de afirmar que a rua estava escura. O PM, último a depor no julgamento iniciado na manhã de hoje, só admitiu ter dado dois tiros de advertência quando saiu do carro: um acertou o pneu do veículo de Alessandro e o segundo atingiu outro veículo, desconhecido.O julgamento do policial deve terminar no final da noite de hoje (10), de acordo com o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro. Antes do PM, prestaram depoimento apenas as três testemunhas de acusação, já que as testemunhas de defesa foram dispensadas. A mãe de João Roberto, Alessandra Amorim Soares, foi a primeira a ser ouvida.Segundo Alessandra, o carro em que estava Willian e o outro policial acusado, Elias da Costa Neto, aproximou-se de seu veículo em alta velocidade e disparou vários tiros. Ela disse que encostou o seu carro para a polícia passar, mas percebeu que o alvo dos tiros era o seu carro.Para evitar mais disparos e mostrar que havia crianças no carro, ela teria jogado uma bolsa de bebê para fora do carro. Além de Alessandro, testemunharam o coronel Rogério Leitão, relações públicas da PM, e Maurício Augusto, que assistiu parte da ação da janela de seu apartamento.O outro policial acusado não está sendo julgado hoje, porque teve o processo desmembrado. Seu julgamento ainda não foi marcado.