Amanda Cieglinski
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Osíndios que defendem a demarcação contínuada Terra Indígena Raposa Serra do Sol (RR) podem recorrer acortes internacionais se o Supremo Tribunal Federal (STF) decidir queprodutores rurais podem permanecer na região. A afirmaçãoé do líder indígena Edinaldo Macuxi, que estáem Brasília para acompanhar o julgamento, no STF, de açãoque contesta a demarcação da reserva em áreacontínua.
Aanálise foiiniciada em 27 de agosto deste ano e suspensa por um pedidode vista do ministro Carlos Alberto Menezes Direito, apóso relator, Carlos Ayres Britto, ter votadopela manutenção da demarcação contínua,com a saída de todos os não-índios da reserva.
“Hoje,dia em que a Declaração Universal dos Direitos Humanoscompleta 60 anos, a gente espera que seja cumprido o que estána Constituição. Estamos otimistas, mas se issoacontecer [o Supremo anular a demrcação contínua], o que está escrito na nossa Constituiçãodeixa de ter validade.”
Aadvogada dos povos indígenas da Raposa Serra do Sol, JoêniaBatista de Carvalho, da etnia Wapichana, disse esperar que os demaisministros do Supremo acompanhem o voto do relator.
Opresidente da Fundação Nacional do Índio(Funai), Márcio Meira, também assiste ao julgamento eafirmou estar confiante em uma decisão favorável aosíndios.