Líderes se reúnem amanhã (2) para buscar entendimento sobre reforma tributária

01/12/2008 - 21h19

Iolando Lourenço
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Os líderes partidários da base governistae da oposição se reúnem amanhã (2), às 10 horas, com o presidente daCâmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP), na busca de entendimento para a votação da reforma tributária. Osgovernistas insistem que a reforma deve ser votada neste ano, enquantoque a oposição quer adiar para o ano que vem a discussão e votação daproposta.Segundo o vice-líder do governo, deputado RicardoBarros (PP-PR), a intenção dos partidos aliados ao governo é votar areforma tributária ainda neste ano. Ele informou que na reunião deamanhã os aliados vão dialogar com a oposição na tentativa de chegar  aoentendimento para a votação da matéria. Barros reconheceu que hádivergências no texto que precisam ser superadas para que a reformaseja aprovada. Ricardo Barros revelou que as divergências são comos partidos de oposição, com governadores do Norte, do Nordeste, de SãoPaulo e de Mato Grosso do Sul. “O governo quer votar a reformatributária neste ano e está direcionando sua base nesse sentido. Temosvariáveis para votar a reforma tributária. Estamos trabalhando paraconciliar a votação, mas também temos o problema de estar no final doano e ter muitas outras matérias importantes para votar”, disse.Para o presidente da Câmara, deputado Arlindo Chianglia, a questão centraldas obstruções dos partidos de oposição nas votações daCâmara é a falta de um consenso em torno da votação da reforma tributária. Chianglia informou queespera recolher, na reunião de amanhã do Colégio de Líderes, o máximode informações sobre o que será possível avançar nas votações nesteano. Questionado se colocaria na pauta de votaçõesdesta semana a reforma tributária, Chinaglia  respondeu: “reforma tributáriaessa semana, nem pensar”. o presidente da Câmara disse, também, que via dificuldade da votação ocorrer ainda este ano. “Há divergências contra isso. Havendo obstrução leva muitassemanas para votar a reforma tributária. Temos vários elementos quedemonstram isso. Então, se escolhermos esse caminho, seria começar essavotação agora, mas concluir (neste ano) é impossível”, disse.